
O presidente Lula reforçou nesta quinta-feira (10/07), em entrevistas ao Jornal da Record e ao Jornal Nacional, da TV Globo, que o Brasil deve ser respeitado e que há coisas que um governo não pode admitir, como a ingerência de um país na soberania de outro. A defesa, em conversas com as jornalistas Cristina Lemos e Delis Ortiz, se conecta ao anúncio da aplicação de taxas de importação de 50% sobre os produtos brasileiros, nos Estados Unidos, a partir de 1º de agosto, feito pelo presidente Donald Trump, por meio de carta enviada a Lula na quarta-feira, dia 9. Vamos tentar fazer todo o processo de negociação. O Brasil gosta de negociar, não gosta de contencioso. E depois que se esgotarem as negociações, o Brasil vai aplicar a reciprocidade”, afirmou o presidente. Lula garantiu que pretende negociar com o governo norte-americano um acordo que evite essa medida. “Tudo no Brasil se resolve com diálogo e não ‘na base da pressão’, afinal o Brasil não tem contencioso com ninguém. O Brasil deve ser respeitado e essa é a hora de a gente mostrar isso. Exigimos isso. A relação entre dois Estados deve ser respeitosa”.
Negociação – Para isso, a estratégia do governo brasileiro será atuar nas áreas diplomática, política e econômica. Lula afirmou que pretende criar uma comissão de negociação com a participação de empresários e do Governo Federal. Uma das funções seria repensar a política comercial brasileira com os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), já vêm conversando com os Estados Unidos desde a taxação de 10% aplicada anteriormente, no início do atual Governo Trump.




