Região Sudoeste da Bahia registra mais de 3.600 acidentes com escorpião em 2025

Região Sudoeste da Bahia registra mais de 3.600 acidentes com escorpião em 2025
Foto: Divulgação

A divulgação do número de acidentes com escorpiões na Bahia este ano deixou a população em alerta. De acordo com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (CIATox/BA), o Estado já registrou 8.510 casos até o dia 21 de maio de 2025. A região Sudoeste liderou o ranking, com 3.609 acidentes notificados entre os municípios de Vitória da Conquista (1208), Guanambi (893), Jequié (761), Brumado (487) e Itapetinga (260). De acordo com Rodrigo Brito, coordenador do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário UniFG e especialista em Zoonoses e Saúde Pública, o número elevado de acidentes notificados pode ser explicado por uma série de fatores. Tomando como exemplo o município de Guanambi, questões como a expansão urbana, falta de predadores, acúmulo de lixo e entulhos e o clima favorecendo a reprodução dos animais peçonhentos. Por ser uma cidade que tem crescido muito nos últimos anos, tanto em sua população quanto na urbanização, é muito comum observarmos em diversos pontos de Guanambi locais que antes eram apenas mato e hoje recebem a construção de condomínios residenciais e empresas. Dessa forma, estamos mais próximos dos territórios que antes eram habitados por esses animais. especialista. O professor da UniFG, que integra o Ecossistema Ânima, aponta que os escorpiões preferem ambientes quentes, mais escuros e com acúmulo de lixo. “O aumento da população leva a um aumento natural do lixo produzido. Infelizmente, ainda há muito descarte errado de lixo, que, junto aos entulhos dos restos de construções, propicia o ambiente ideal para o surgimento de baratos. Assim, o escorpião encontra abrigo e alimento para se reproduzir mais. Além disso, o clima em Guanambi é quente e mesmo no inverno a temperatura permanece alta”, esclarece Rodrigo Brito. O médico veterinário destaca, ainda, que a maioria dos escorpiões encontrados na região são amarelos. As fêmeas dessa espécie não precisam do macho para se reproduzirem. Ou seja, apenas uma fêmea sozinha pode originar cerca de 30 filhotes em uma ninhada.


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